Ao longo de muitos anos, todos nós, fomos aceitando que, à medida que vamos crescendo, e principalmente quando envelhecemos, o nosso cérebro vai perdendo a sua energia e com ela toda a dinâmica da memória. Esquecemo-nos de nomes de pessoas importantes na nossa vida, bem como de episódios que vivemos e que afinal nos caracterizam naquilo que somos.
Mas estudos recentes mostram afinal o elevado grau de plasticidade do nosso cérebro, isto é, a sua capacidade de compensar falhas, de adaptar-se e ajustar-se a novos desafios. No entanto, ele tem de ser estimulado, treinado, desafiado a resolver problemas, a tomar decisões, a escolher, a tentar e a corrigir e a voltar a tentar.
Quando trabalhamos diariamente o nosso programa de matemática com crianças que perante uma primeira leitura de um problema imediatamente dizem que não perceberam e que, portanto, não conseguem, ficamos assustados. E não falamos de meia dúzia de crianças e jovens, mas de milhares. É assustador! Estes estudantes ainda não aprenderam como funciona o processo de aprendizagem e, consequentemente, como podemos fazer uso do nosso cérebro – a ferramenta mais poderosa na resolução de problemas que existe no planeta!
Os nossos filhos não estão a crescer mas, infelizmente, a envelhecer!